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Prática antissindical da Petrobrás e a história da ABCP

21/05/2025

  

A razão da nossa existência, da entidade ABCP, não deve ser naturalizada, em outras palavras: a ABCP existe porque as relações entre patrões e classe trabalhadora são de constantes conflitos. 

Os empregadores, a serviço do lucro, não pensam na saúde, bem-estar e na vida dos trabalhadores. E isso acontece também na Petrobrás. Infelizmente. 

ABCP existe porque trabalhamos numa empresa que retalia e pune pessoas que estão na luta coletiva. Percebe-se uma mistura de resquícios da ditadura militar empresarial com a escalada da política neoliberal dentro da empresa. Vemos, ao longo do tempo, a empresa tentado minar a participação de pessoas nas lutas e mobilizações. Mas a história da Categoria Petroleira é feita de lutas e punições!

Demissões e punições são a ponta do iceberg de uma máquina-de-moer-gente-que-luta.

O que mais fica evidente, ou o que mais aparece, são os casos históricos de demissões de grevistas quando a categoria travava uma das suas mais importantes batalhas. O que não "aparece" são os casos de assédio moral, de abusos de poder e de violência moral e política que está no nosso dia a dia. 

Com toda essa violência tentam impingir um perfil de trabalhadores não participativos e adversos à luta sindical, principalmente nos setores administrativos. Os trabalhadores que ousam e se inspiram na luta coletiva são alvos de ações absurdas, como demissões, punições, retirada de pequenas funções gratificadas e remanejamento de pessoal. Os danos desse tipo de violência contra a classe trabalhadora está no adoecimento físico, mental e social, e ainda no enfraquecimento da melhor estratégia de proteção ao trabalhadores que é a luta com unidade da categoria.

A luta em torno do teletrabalho: a histórica mobilização do ADM

A mobilização das pessoas que trabalham no administrativo vem sendo forte e histórica em defesa do teletrabalho justo para os trabalhadores. 

Quando uma pauta é sentida na carne, quando aperta diretamente o calo e a dor é sentida de diversas maneiras, a única saída é a mobilização. 

Existe uma relação muito íntima dessa pauta com a vida das mulheres que acumulam mais jornadas de trabalho envolvendo cuidados com pessoas. Ver petroleiras dirigindo ato no Rio de Janeiro e mais participativas nessas mobilizações em diversas bases é um indício disso.

A luta está em momentos críticos, onde as assembleias nos estados vêm discutindo os rumos de luta e a empresa se mantém na posição de aceitem por que é isso que queremos. De outro lado, a greve forte pode reverter este ataque da direção da empresa.

Indício de Retaliação vem gerando Indignação. Se mexeu com uma, mexeu com todas!

Na BS (Bacia de Santos), com indignação soubemos de um caso de uma trabalhadora que teve sua função retirada. O que mais chama a atenção é que isto ocorreu dias após que ela fez uma pergunta relacionada ao teletrabalho em reunião de diretoria sobre resultados ocorrida via live. Informações preliminares apuradas apontam que a comunicação foi proferida diretamente e sumariamente pela sua GG, outra mulher que comunicou que a partir daquela data a trabalhadora não teria mais a função. A política antissindical não deixa nada em pé: saúde, sororidade, respeito, direitos. Mais uma possível contradição e covardia da empresa. Destacamos aqui a diferença entre representação e representatividade: representação cabe no caso de mulheres que ocupam cargos sem de fato defender a pauta das mulheres e da classe trabalhadora na prática, e na empresa temos muitos exemplos na presidência, na diretoria e em gerências diversas, mas se necessário (para defender seu próprio cargo) puxam o tapete de outra mulher. Quando temos representatividade, uma puxa a outra, não fica nenhuma para trás e toda classe é fortalecida.

Se estivermos diante de mais uma punição, o caso deve ter sua gravidade reconhecida. Mas de qualquer forma, precisaremos estar fortes e atentas a este e para outros casos que possam aparecer, conversarmos em nossa assembleia e fortalecer nossos próximos passos.  

PISA LIGEIRO, PISA LIGEIRO, QUEM NÂO PODE COM A FORMIGA, NÃO ASSANHA O FORMIGUEIRO

Rumo a uma greve forte e com unidade!

Há apenas uma saída: a luta coletiva, a mobilização! Por isso, vamos participar da assembleia desta quarta-feira (21/05), às 17h30 e às 18h (segunda convocação), na sede do Sindipetro-LP, para deliberar sobre dois pontos: 1) adesão à greve nacional unificada de 48 horas, nos dias 29 e 30 de maio; 2) contraproposta da Petrobrás sobre o regime de teletrabalho.